sexta-feira, 22 de junho de 2012

Será sempre necessário alguma forma de contacto presencial para complementar a interpretação online?


Tendo como ideia/afirmação:

- Para mim é fundamental sentir a presença da pessoa com quem estou a falar.

Reflexão:



A interpretação online por mais rica que seja, nunca poderá ser igualmente comparável à riqueza do toque do calor humano.


A ausência de pistas visuais, a interpretação mental do texto que se visualiza, o anonimato ... são factores que condicionam em muito a qualidade da interação com o outro.


Conseguirei eu realmente conhecer o outro numa interação online? Conseguiremos nós realmente "sentir" o outro na nudez de um texto, na frieza de uma fotografia, na ausencia de um momento onde existe um "nós"?


De que forma as amizades e relações construídas no berço online, não são fruto das nossas expectativas do que está "do outro lado", não serão fruto do que esperamos que os outros sejam na solidão das suas palavras que nos confortam no momento certo?


Até que ponto as emoções que se transmitem em palavras certas nos momentos certos são reais? E as amizades e os amores online sao reais? Até que ponto não somos nós e as imagens que criamos dos outros (através de um pictório texto online), responsáveis pelo preenchimento das lacunas emocionais que a nossa "real" life não preenche?


É verdade, e temos de considerar que existem relações de berço online que resulram e se transformam em casamentos e familias felizes. Mas serão esses casos de sucesso motivo para desconsiderarmos a importância do contacto presencial no nascimento da amizade e do amor?


Quantas vezes nós ignormamos quem está ao nosso  redor, para dar atenção a quem está do outro lado do computador.


E quando te magoas quem te conforta?


Palavras?


E quando precisas de um abraço? 


Quem to dá?







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